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Hora da Folia

Você está pronto para brincar o Carnaval? Não esqueceu nada, certo? A fantasia, horário dos blocos, as músicas das Escolas de Samba ou dos Grupos de Axé. Perfeito? Quase. Para garantir que sua festa seja tranquila não custa nada ficar de olho em alguns itens, principalmente se tem diabetes.

Uma das maiores preocupações dos profissionais de saúde é quanto à hidratação – em função de um verão muito quente este ano – e ao consumo de bebidas alcoólicas.

Exagerar no álcool provoca uma baixa da glicose, podendo levar à hipoglicemia. Porém, vale lembrar, que uma crise pode surgir por outras razões, por isso é fundamental que toda pessoa que tem diabetes leve na carteira uma identificação de que é paciente diabético e os primeiros cuidados a serem tomados. Se você não tiver a possibilidade de ter um cartão específico, escreva em um papel e coloque dentro da sua bolsa. Explique sobre um possível comportamento anormal, que pode aparentar embriaguez, incluir transpiração excessiva ou até perda de consciência; e acrescente os cuidados a serem tomados como: dar água com açúcar ou qualquer bebida açucarada; e no caso de estar inconsciente, encaminhar ao hospital.

O Dr. Severino Farias (BA), membro da Comissão de Comunicação da SBEM, lembra sobre a importância dessa identificação, pois o uso da insulina em público, à vezes, pode gerar problemas para quem desconhece os cuidados com o diabetes. Ele explica que manter contato com o seu médico, também, é fundamental. Um bate papo com algumas dicas são sempre bem-vindas. “Durante o Carnaval alguns pacientes acabam perdendo o horário da aplicação da insulina e que pode resultar em uma internação. Aqui em Salvador, os foliões passam até 12 horas nos blocos de Axé. Isso pode se transformar em uma cetoacidose diabética, devido ao aumento das taxas de glicemia, pela ausência do medicamento”. O endocrinologista lembra também de relatos sobre possíveis problemas com policiais ou seguranças pela ausência da identificação.

Bebendo águaAtenção aos sinais do seu organismo. Mantenha-se bem hidratado, com o cuidado de tentar fazer as refeições nos horários que habitualmente faz, pois isso será um ponto importante para que seja possível brincar o Carnaval da melhor forma.

Pular e Pular

O Dr. Ricardo Meirelles, presidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM, lembra que brincar o Carnaval não deixa de ser uma atividade física e, muitas vezes, extenuante. “No diabético tipo 1, se o exercício é iniciado em hiperglicemia, com insuficiência de insulina em circulação, há tendência a aumentar, ainda mais, a glicemia e sobrevir cetose. Isso acontece pela dificuldade do músculo em  utilizar a glicose e pela produção hepática de glicose aumentada. Se, ao contrário, a pessoa com diabetes tipo 1 usar insulina em excesso, a entrada de glicose nos músculos fica aumentada, a produção de glicose pelo fígado fica inibida e pode ocorrer hipoglicemia. É importante lembrar que a hipoglicemia pode ocorrer até cerca de 4 horas após o término do exercício. É muito importante a medição da glicemia capilar a intervalos regulares, durante a folia”.

Outra advertência importante é para quem tem retinopatia diabética. Os cuidados devem ser redobrados, pois exercícios muito intensos pode provocar deslocamento de retina ou hemorragia no vítreo.

Moderação e diversão são os pontos-chaves para brincar o Carnaval e manter a saúde em dia. Boa folia a todos!

Fonte: http://www.endocrino.org.br/hora-da-folia-carnaval-saude/

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